Quando vejo teu corpo
Quente
fumegante e perfumado
Vindo ao meu
encontro
Sinto quanto
prazer carnal
Me vais dar!
Sou levado
pelo desejo
Para saborear
parte da tua coxa
Lisa e
acetinada
Depois de
tirar teu collant
Trincar no
teu peito ereto
Quente,
formoso e belo
Não tirar
meus olhos
Da parra que
te cobre
Sou levado
pelo desejo!
Enquanto isso
Bebo um pouco
Descansando
meu corpo
Desejoso
Quiçá mole
Um pouco
enfraquecido
Pergunto a
mim mesmo
Em silêncio
Porque te
prostituis
Porque me
obrigas por vezes
Possuir-te
demasiado
Desejoso!
Por vezes
escondeste
or vezes
atiram-te
Por vezes dão
pelo teu corpo
Fortunas
Umas frias
Outras
fumegantes
Sem nada
receberes!
Por vezes e
por respeito
Dão-te em
troca
Alguns trocos
ossais
Pequenos dejetos
de pão!
Eu
Por desejo
Sou escravo
de ti
Todos os dias
te possuindo
E perseguindo
Hoje
Desejoso de
teu corpo
Quente
Fumegante e
perfumado
Amanhã
Um dia
Quando te
deixar
Quando não
mais fores
Minha deusa
de prazeres
Direi a todos
os famintos
Quanto prazer
carnal
Me deste!
(publicado in " A CAMINHO DAS DESCOBERTAS " em 1992)